terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mary Christmas

Dito assim, com esta entoação de inglês tirado por correspondência e à noite, que é quando os CTT estão fechados, até parece que vai sair daqui um grande voto natalício ou uma piada antiga que diz que é a mulher do Pai Natal.
Não podia quem ler isto,(aqueles 3 tipos que se enganam quando procuram pelo pintor e escultor Miguel Branco), estar mais errado!
Este ano, caguei para o Natal. Para as sms que chegam anualmente na véspera, de supostos amigos e conhecidos que durante todos os outros 364 dias do ano nem um pio, para a árvore de Natal e para os presentes bacocos e com tão pouca originalidade de alguns que os compram só porque tem que ser, para o perú (ou pirum) que nunca se comeu no Natal lá de casa, para o bacalhau com folhas de couve de um verde que não se vê por estas terras onde ando.
Caguei para um mercado capitalista que nos atafulha de anúncios vazios de sentimento, para uma época em que o cinismo e a hipocrisia mais sobressaiem.
Sinceramente caguei!!!
Desde há algum tempo que o Natal não me toca... Falta alguém à mesa. Porque não podem alguns ou outros porque simplesmente já não estão. E noto-lhes a falta...Sorrio, mas choro-os por dentro.
Este ano,ainda menos lhe ligo... Não estarei rodeado do sangue, nem de nada.

Mas se este Natal serve para alguma coisa, é para finalmente perceber o que outros já passaram e dar-lhes o valor e o respeito que merecem.

Mas ainda assim e para quem tem o previlégio de estar com quem deseja, Mary Christmas.

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