terça-feira, 2 de agosto de 2011

So far away...

Poderia o leitor ser levado a pensar que seria esta uma homenagem (mais que justa, diga-se) ao fenomenal tema dos Dire Straits.
Desengane-se porém.
É apenas a tradução literal do quão longe está.
E do longe que está o dia de estar perto.
Tic-tac. Tic...porque o tac, demora a bater.
Mas bate por dentro a saudade, a falta, o Amor imenso que se tem e não se pode dar.
E o dia pára, suspenso por cordéis invisíveis no ar. A vida em pausa.
E o comando sem pilhas para se voltar a pôr no Play ou sequer fazer Rewind e recomeçar.
E ficamos no Still, com a imagem tremida dos velhos leitores de VHS, à espera que alguém traga as pilhas para se voltar ao filme. Um clássico, com a Audrey, o Bogart ou o Dean.
Daqueles filmes que todos queremos viver e que fazem chorar as pedras da calçada, com a cena de Amor final, num "happily ever after".
Em que o actor, consegue libertar-se e corre para os braços da actriz e desaparecem a cavalo no pôr-do-sol de uma praia qualquer.
E enquanto o dia não vem, a cabeça dói, o corpo fica dormente, fuma-se o tempo que falta, anseia-se pelo minuto do abraço, do sentir cada milímetro do corpo, do sorriso, do "Estou aqui! Trouxe as pilhas!".
Até que o dia chegue, morre-se e nasce-se a cada segundo.
Porque não vêm as pilhas? Porque não carregam no Play?
A resposta, essa, está...so far away.

Sem comentários: