domingo, 3 de julho de 2011

Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Bem, o que se passou foi o seguinte:

"Eu conhéci uma quenga, qui mi quiria devorá, mais achava queu era pató.
Mi levou lá no motéu e rébolou a bunda pra cima e pra baixo, até eu ficá doidjinho.
Dépois párou e mi pédiu uns cobri.
Antis disso, foi no banhêro e mijou no vaso.
Quando voltou, eu disse à ela qui não tinha nada prá li dá e ela mi chamou di pé rapado.
Ela si arrumou e saiu.
Foi áí qui coméçou os pobrema.
Ia cuma cara como si tivesse visto o capeta.
Eu, cheio di boas intenção, ainda li oféréci carona, mais ela mi disse pra ir tomá nó cú e qui ia di ônibus.
Soltou-se uma baita discussão até qui um cafetão que estava na porta do boteco tomando chope, veio mi encará.
Ela chamou ele di gostoso e dissi à eli queu estava curtindo com a cara dela.
Foi então qui o cara de pau, puxou dum fuziu e dissi queu ia tomá uns pipoco.
Poxa, erá ségunda coisa qui mi mandavam tomá: primeiro nó cú, dipois uns pipoco.
Genti, é dificíu ségurá dessi jeito.
Nóis partiu prá inguinôrância.
Escolháchámu a cara um do outro, mais o cafageste, sanguinário e aquéla jararaca, consiguiu fuji com ais última prata queu tinha nos bolso e désépáreceram num fusca vérmélhô.
Rápá, deixa eu dizê pá tu qui fiquei québrádo."

E foi assim que aconteceu.

E assim falaremos e escreveremos um dia, neste País que inventou a sua Língua, a divulgou e agora deixa que os alunos ditem as regras...
Aposto que o Luíz Vaz está a tentar furar o outro olho...
Ser-te-ei fiel, Camões.

Sem comentários: